30.9.15

José Manuel Osório

Uma das vozes mais activas em defesa da Fado após o 25 de Abril de 1974, após algumas vozes dissonantes em que repudiavam este género tradicional por se ter acomodado à politica do Estado Novo. Trinta anos mais tarde, Osório foi um nomes que encabeçaram uma lista de artistas e intelectuais que trabalharam em prol do Fado como Património Imaterial da Humanidade.

O curioso neste LP é estar dividido em 2 partes. O Lado A intitula-se "Por Quem Sempre Combateu" e o B como "Quadras Populares". Para quem não estivesse a par da questão do Fado como parte da cultura portuguesa após a Revolução de Abril, o próprio José Manuel Osório assinava um texto introdutório que começa assim:

"Este disco surge numa altura em que muito se discute sobre a validade ou não validade do Fado. Na minha opinião as questões têm sido postas de maneira errada. Não é o Fado que deve ser posto em causa mas sim o que alguns fizeram dele.

Este disco longe de dar uma resposta definitiva aponta uma saída possível. Várias coisas haverá ainda a fazer. Não chega rever o fado ao nível do texto. Novas experiências musicais poderão e deverão ser tentadas. Este disco surge ainda depois de cinco anos de silêncio da minha parte.

Muito pressionado pela censura e pelas firmas por onde passei tornou-se-me impossível a dado momento gravar fosse o que fosse. O que não era cortado pela censura oficial era recusado pela "censura interna" das etiquetas gravadoras. Bom, mas o que lá vai, lá vai. Para este disco fui buscar músicas tradicionais, o que se chama "Fado Clássico". Os poemas são da responsabilidade de duas pessoas, dois amigos, dois camaradas. Francisco Viana e Manuel Correia..."

Participação musical nas guitarras de António Chainho / Arménio Melo e nas violas de Martinho d'Assunção / Vital d'Assunção e José Maria Nóbrega.


26.9.15

Ao Alcance das Mãos

Samuel Leonor Lopes Quedas, conhecido artisticamente apenas como Samuel (Malveira, 1 de Agosto de 1952) é um cantor, compositor e arranjador português.

Foi viver para Setúbal onde conhece José Afonso a quem mostra as suas canções. O cantor apenas apreciou algumas partes dessas canções. Depois dessa conversa, Samuel foi para casa e fez várias cantigas, quase de um dia para o outro. Uma delas, o "Cantigueiro", que foi a sua primeira canção gravada em disco. "O Zeca achou graça, adoptou-a e, praticamente quinze dias depois foi gravada e editada pela editora Arnaldo Trindade". Estávamos em 1972.

Depois do 25 de Abril, participa em muitas sessões de Canto Livre.

Fez parte do Trio Ferrugem e do grupo Pedro Osório SARL participando em muitas sessões de Canto Livre.

Para além do "Cantigueiro", grava o EP "De Pé Pela Revolução" edição paga do seu bolso, o que voltaria a fazer de novo com o "Hino da Reforma Agrária". Em 1979 grava o álbum "Ao Alcance Das Mãos" para a RCA/Telectra, este que podemos ouvir em versão completa.


23.9.15

O que vale a pena

Afonso Dias, é um músico, cantor, poeta e actor português. Foi deputado à Assembleia Constituinte de 1975/76, pela UDP (não tendo contudo exercido outros cargos políticos posteriormente).

Como músico, foi um dos fundadores, em 1974, do GAC – Grupo de Acção Cultural, juntamente com José Mário Branco, Eduardo Paes Mamede e João Loio, com o qual efectuou inúmeras apresentações no país e no estrangeiro, assim como editou diversos discos de estúdio.

(discografia completa do GAC http://gacultural.com.sapo.pt/index.html)

Ao longo da sua carreira tem integrado espectáculos com artistas como José Afonso, Sérgio Godinho, Francisco Fanhais, Manuel Freire, Pedro Barroso, Tino Flores e José Fanha, entre outros, tendo editado vários álbuns de estúdio a solo.

No âmbito do teatro, frequentou, nos anos 60 e 70, acções de formação teatral com Costa Ferreira, Carmen Dolores e Rogério Paulo.

Foi fundador, em 1999, da Trupe Barlaventina – Jograis do Algarve, com a qual realizou inúmeros espectáculos e gravações de estúdio.

Já trabalhou como encenador-actor, colaborando como actor (e cantor), desde 2003, com a ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve).

Fonte: wikipédia

Deste cantor podemos ouvir estes dois álbuns

"O Que Vale a Pena" - 1979


"Afonso Dias&a sopa dos pobres - Fado Aleixo" - 2013


21.9.15

Zé Ferrugem

Trio Zé Ferrugem - Zé Ferrugem (1977)

Trio formado por Samuel Quedas​, José Jorge Letria e Nuno Gomes Dos Santos​
Capa: Vítor Ferreira

Textos de ligação de José Jorge Letria ditos por João Paulo Guerra


18.9.15

"Machico, Terra de Abril"

Álbum de 2004 com letra popular e música do padre José Martins Júnior.

José Martins Júnior é um padre e político madeirense.

Professor em diversas escolas madeirenses bem como pelas suas funções de capelão durante dois anos na guerra do Ultramar, entra em conflito em 1974 com as estruturas religiosas. D. Francisco Antunes Santana (bispo do Funchal) tenta, a 5 de Novembro de 1974, auxiliado por elementos das forças policiais, expulsá-lo da paróquia da Ribeira Seca. Contudo a população, fiel ao seu pároco e às ideias que ele defende, luta de forma determinada e inquebrantável durante mais de duas semanas para mantê-lo à frente dos destinos da paróquia. Durante esse período foram recorrentes os protestos, as vigílias diurnas e nocturnas, a agitação e o recurso à violência, quando necessária para defender a sua posição.

Em 2007 com 69 anos reforma-se. Chega assim ao fim, pelo menos temporariamente, a carreira política daquele que foi considerado, durante as últimas três décadas, o principal “inimigo” político do Governo Regional da Madeira.

Fonte: wikipédia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Martins_J%C3%BAnior

Os meus agradecimentos a Zé Mário pelo envio das capas e músicas.