17.5.11

Promessas... Leva-as o vento

Esta noite, tive um sonho em que criava um partido. Não era um partido qualquer, mas sim um partido voltado para o povo. Afinal, se o povo é que me sustenta, é para o povo que tenho que trabalhar.

Uma das minhas promessas era a de fazer o bem. Tirar o dinheiro dos ricos e distribuir pelos pobres. Assim, realizaria o meu sonho de infância, quando escrevia redações dizendo que, quando crescesse, ajudaria os necessitados. Sempre ouvi dizer que quem dá aos pobres empresta a Deus. Teria o céu garantido.

Depois de despojar os ricos como um Robin Hood, todos seriam felizes. Se alguém aparecesse com um sorriso amarelo, eu perguntaria qual o motivo. Se fosse preciso, emprestaria a minha piscina, paga pelo povo, para que ele pudesse relaxar entre uns mergulhos. Claro que eu, como governante, teria que ter mais do que qualquer outro mortal. Já dizia George Orwell no seu “Animal Farm” (agora é mais FarmVille):

“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros.”

Observaria o meu novo país do alto do meu pedestal, não tocaria lira como Nero, mas colocaria no volume máximo da minha aparelhagem, paga pelo povo, que não havia líder como eu, que fazia toda a gente feliz e que até deixava andar no meu Ferrari comprado pelo Jaime Gama, quando ele quis renovar a frota de carros ainda novos dos deputados. Que maravilha de país!

Eu era feliz, o povo estava feliz, até que acordei com tanta felicidade! A minha mulher não, dormia profundamente depois de tanta lida diária. Afinal, sonhar com tanta felicidade só mesmo para um sonhador!