5.5.14

Tino Flores


Um "cantor de intervenção" completamente desconhecido para mim, mas que faz parte desses cantores que tiveram uma ação preponderante no despertar revolucionário de parte reduzida do nosso povo (a maioria preferia os três "efes" e para lá caminhamos de novo).

Quem é Tino Flores? Recorro ao "Canto de Intervenção" de Eduardo M. Raposo.


"Nasceu em 19 de janeiro de 1947. Minhoto de nascimento começa a tocar em grupos de baile rock. Em 1966 fez parte do grupo «Os Teias». No ano seguinte exila para França para não participar na guerra colonial.

Em Paris participa na direção da Liga do Ensino e da Cultura e noutras associações de emigrantes onde era denunciado o colonialismo. Senhor de um discurso radical, critica a falta de unidade dos diversos grupos marxistas, de diversas tendências, exilados em Paris, em torno de problemas concretos como o fascismo e o colonialismo, sacrificando-se uma ampla unidade ao invés de conceitos ideológicos e estratégicos.

A sua discografia regista a obra deste «cantautor» - pois é autor das letras e das composições - com uma música imbuída de uma marca de ruralidade. O seu primeiro disco, um EP, gravado em finais de 1969, intitula-se Viva a Revolução. NO início de 1972 um outro EP, O Povo é Invencível e o último saído antes do 25 de abril de 1974 é uM EP duplo intitulado O Povo em Armas Esmagará a Burguesia."

Fim de citação

Nesta altura penso que a burguesia nem necessita de armas para esmagar o povo, o povo esmaga-se a si mesmo.

Para ouvir Tino Flores, clicar no nome dele na coluna da direita ou...

Aqui

2 comentários:

A Cabana do pai tomas disse...

Tino Flores editou um ELP com o GAC( Grupo de Acção Cultural, salvo erro no ano de 1977, com o nome " ISTO SÓ VAI À PORRADA". Diz ele,Tino Flores, na capa desse disco: "Dedico este disco a todos os revolucionários, a todos os antifascistas e patriotas, a todos os trabalhadores das cidades e dos campos, que com o seu trabalho, a sua luta e os seus ideais, são fonte inesgotável de inspiração poética e musical.
Esta dedicatória, é intemporal.


Maria Eduarda disse...

Bem haja, Mário Lima!
Escutei-o muitas vezes, ao vivo, em 1974. Era um dos nossos heróis. E, para mim, continua a ser!!!