3.12.10

Corrupção

Portugal subiu três lugares no ranking da corrupção

Leis "herméticas", um aparelho de Justiça que "não funciona" e resultados "nulos" no combate à corrupção colocam Portugal na 32.ª posição no quadro dos 178 países analisados pela Transparência Internacional (TI) quanto à percepção da corrupção.

aeiou.visao.pt/ - 9:01 Terça feira, 26 de Out de 2010


Portugal é um país onde o corrupto sobe na escala dos valores morais. Desde presidentes de Câmara, eleitos mais que uma vez, negócios de sucata e “Freeports” tudo vale neste país à beira-mar plantado. Como isso, na maior parte das vezes, acontece com pessoas de colarinho branco (O crime do colarinho branco, no campo da criminologia, foi definido inicialmente pelo criminalista norte-americano Edwin Sutherland como sendo "um crime cometido por uma pessoa respeitável, e de alta posição (status) social, no exercício de suas ocupações") quase sempre prescreve sem que os autores sejam condenados por tais actos.

A “arraia-miúda” claro que não escapa às malhas da “justiça” pois o colarinho mesmo que seja branco à partida, como a corrupção não é de grande monta, fica sujo em pouco tempo devido à falta de meios financeiros para o poder mandar lavar.

Bem podem bradar os defensores dos bons costumes pela desigualdade com que a justiça trata uns e outros mas estão a bradar no deserto, pois quem está no poder é “intocável” e até arranja leis que os defenda como terem que suspender da sua condição política para que seja ouvido pela justiça. Claro que muitos não o fazem.

A corrupção não é só em Portugal conforme análise da TI. Em 178 países, Portugal ocupa a 23ª posição, mas com os outros eu posso bem pois sou português e se em Roma sê romano, em Portugal sê português. Mas também me servem os exemplos dos outros como neste vídeo. A deputada brasileira Cidinha Campos põe o dedo na ferida quando refere a corrupção existente no Tribunal de Contas brasileira. Corruptos a candidatarem-se a este Tribunal. A corrupção é mundial, mas mulheres ou homens como a Cidinha há poucos. Diz ela: "Quanto mais ladrão, mais querido". Tiro-lhe o chapéu.

7.4.10

Francisco Fanhais





Hoje fui ver e ouvir Francisco Fanhais no Teatro da Trindade. Como Carlos Mendes o referiu, é um dos últimos puros cantautores que restam do sonho de Abril de 1974. Francisco Fanhais sente e ainda acredita num país melhor sabendo nós que isso é pura utopia. Já nada é como dantes. À capa da democracia eles, os vampiros, andam aí.

Perguntou Fanhais que resposta temos para os nossos filhos quando nos perguntarem o que fizemos por eles e se silêncio for a nossa resposta é sinal de cobardia. Não, não é Francisco!!! Nós fizemos muito pelo futuro deste país, ela juventude, é que não faz nada e nem querem saber do futuro deles. Limitam-se a vegetar e a ver os tais vampiros das telenovelas da TV. Nós viemos para a rua lutar, eles vêm para a rua esperando que alguém lute por eles. E assim os burros continuam a governar e, como tu cantas nas tuas «Quadras de Aleixo»:

Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência!

Quem trabalha e mata a fome
Não come o pão de ninguém;
Quem não ganha o pão que come,
Come sempre o pão de alguém


E os "pinóquios" continuam a comer de graça, o pão do povo que trabalha.

Emocionante o teu monólogo sobre a canção «Corpo Renascido». Sangue do teu sangue continua no corpo dos teus netos.

A leitura da carta do Zeca, de quem és um digno sucessor, foi um dos momentos altos da tua presença no Teatro Trindade. A tua voz emocionada lembrando o mestre e amigo que um dia te disse:

«Tu que cantas defronte de faces atentas e seguras, faz do teu canto uma funda. Nesse lugar, entre outras mãos mais fortes e mais duras, te estenderei a minha mão fraterna. Canta amigo!»

Que nunca te cortem as asas pois o rouxinol tem que voar, mesmo sendo um voar sobre uma utopia, pois os tempos Francisco, são já de rouxinóis sem bico.

Outras canções:

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